1 Introdução
A toxoplasmose é uma importante
zoonose, de grande interesse em saúde pública, pois pode provocar sérios danos
aos fetos, tanto em humanos quanto nos animais. É uma infecção de ampla
distribuição geográfica e depende de alguns fatores como clima, condição
socioeconômica e cultural.
A toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma gondii, parasito pertencente
ao reino protista, filo Apicomplexa,
ordem Eucoccidiida e família Sarcocystidae . Esse parasito é um
coccídio intracelular obrigatório, que infecta naturalmente o homem, os animais
selvagens e domésticos, e também os pássaros.
Dos animais susceptíveis os felinos exercem um importante
papel nesta zoonose, considerando que esses animais estão envolvidos com a
produção de oocistos e perpetuação da doença, devido à contaminação ambiental.
A infecção ocorre geralmente devido a ingestão de cisto
através do consumo de carne crua ou mal cozida ou através de oocistos em
alimentos contaminados.
2 Etiologia
O Toxoplasma gondii é
um protozoário de ciclo de vida facultativamente heteróxeno (ciclo em mais de
um hospedeiro) e infecta todas as espécies de animais homeotérmicos, incluindo
mamíferos, aves e o homem (SILVA et al.,
2003; SILVA et al., 2006). É um
parasito intracelular obrigatório, pertencente à família Toxoplasmatinae, ordem
Coccidia. Os gatos domésticos e outros felídeos são os únicos hospedeiros
definitivos, mas muitas espécies de vertebrados servem como hospedeiros intermediários
(MARTINS & VIANA, 1998; HILL et al.,
2005; SILVA et al., 2006). Das fases
de desenvolvimento do T. gondii, os taquizoítas apresentam forma em “arco” ou
“meia lua” que, por vezes torna-se arredondada. Medem 4 a 7 por 2 a 4 µm de diâmetro,
sendo sua extremidade anterior mais afilada do que a posterior. Seu núcleo, na
maioria das vezes, é semicentral, localizado na metade posterior. Os
bradizoítas envoltos por uma membrana argirofílica formam cistos de tamanho variável;
os jovens podem medir 5 µm, possuindo 4 bradizoítas; os cistos mais velhos podem
ter até 100 µm e conter centenas de bradizoítas em seu interior (DUBEY et al., 1998 SILVA et al., 2006). Após a ingestão dos bradizoítos encistados do T.
gondii, os oocistos aparecem nas fezes após 4 a 5 dias e continuam a ser excretados,
freqüentemente, em grandes quantidades, por 3 a 20 dias. Esses oocistos esporulam
em 2 a 4 dias, em condições favoráveis, e tornam-se infectivos para todos os vertebrados
(MAROBIN et al., 2004; SILVA et al., 2006).
3 Epidemiologia
A toxoplasmose é prevalente em muitas áreas do mundo, sendo
considerado como a mais cosmopolita de todas as zoonoses (SILVA et al., 2003; SILVA et al., 2006). Tem importância
veterinária e médica por ser causa de abortamentos e doença congênita em várias
espécies de hospedeiros intermediários (SILVA et al., 2006).
É caracterizada como uma doença parasitária
de mamíferos, aves e répteis que afeta principalmente o sistema nervoso
central, e ocasionalmente
o sistema reprodutor, músculos
esqueléticos e órgãos viscerais. A maioria das infecções é
inaparente ou latente (HILL et al.,2005;
SILVA et al., 2006).
O
primeiro caso de toxoplasmose humana foi descrito por Castellani, em 1913
(PIZZI, 1997; FIALHO et al., 2009),
em um menino com quadro febril e com esplenomegalia. Em animais, pode-se citar
como primeiros relatos: em cães, na Itália (CAVALCANTE, 2008; FIALHO et al., 2009); em ovinos, nos EUA(
UNLON, 1996; FIALHO et al., 2009); em
suínos, nos Estados Unidos (FARREL et
al., 1952; FIALHO et al., 2009) e, em caprinos, também nos
Estados Unidos (Feldman H.
& Miller L. 1956;
FIALHO et al., 2009).
A transmissão da doença pode ocorrer de três formas:
- primeiro pela ingestão de tecidos de animais infectados, contendo cistos de Toxoplasma, através de carne crua ou mal cozida, fonte de infecção comum para hospedeiros definitivos e intermediários, ou presas caçadas, fonte de infecção primária nos gatos;
- segundo pela ingestão de oocistos eliminados nas fezes de gatos, fonte de infecção comum para hospedeiros intermediários, os oocistos podem ser transportados por baratas, moscas e minhocas e;
- terceiro a infecção congênita, transplacentária, esta fonte de infecção é incomum nos cães e gatos, mas pode ser causa de aborto, natimortos ou mortalidade neonatal (BIRCHARD & SHERDING, 2003; NEGRI et al., 2008).
4 Patogenia
Os únicos hospedeiros definitivos da doença são os felídeos,
onde os gatos domésticos assumem importante papel na transmissão da doença .Normalmente
o T. gondii parasita seus hospedeiros sem causar sinais clínicos, porém
é capaz de causar doença severa, principalmente quando na sua forma congênita
(NAVARRO et.al.; 1998; NEGRI et al., 2008).
Os
gatos são a única espécie que completa o ciclo êntero-epitelial e elimina
oocistos no ambiente (ETTINGER & FELDMAN, 1997, NEGRI et al., 2008). Estes oocistos são encontrados nas fezes de gatos
ainda não esporulados, sua esporulação ocorre no meio ambiente, o que leva de 1
a 5 dias, quando pode-se observar no oocisto dois esporocistos com quatro
esporozoítos cada (BIRCHARD & SHERDING, 2003, NEGRI et al., 2008).
Felinos infectam-se por ingestão de
taquizoítos (pseudocistos) ou bradizoítos (cistos) de tecidos de roedores ou de
carne crua de outras espécies oferecidas a eles. Também pela ingestão de
oocistos esporulados (PIZZI, 1997; URQUHART et al.,
1998; FIALHO et al., 2009), por transmissão transplacentária
(LAPPIN, 1994;
FIALHO et al., 2009) e transmamária (POWELL et al., 2001; FIALHO et al., 2009).Para
ocorrer esporulação, são necessárias condições ideais de umidade, oxigenação e
temperatura, podendo o oocisto permanecer infectante por até 18 meses (KAWAZOE, 2005;
FIALHO et al., 2009).
Na ingestão de oocistos esporulados, os esporozoítos
liberados penetram na parede intestinal e se disseminam pelo sangue e linfa,
este estágio de multiplicação rápida é denominado taquizoíto, podem parasitar qualquer
célula em qualquer tecido, e ao entrar em uma célula, multiplica-se assexuadamente,
quando já se acumularam, a célula rompe e novas células se infectam, esta é a
fase aguda da toxoplasmose (BIRCHARD & SHERDING, 2003; NEGRI et al., 2008).
Na maior parte dos casos, o hospedeiro sobrevive e há
produção de anticorpos que limitam a capacidade de invasão dos taquizoítos, resultando
na formação de cistos contendo milhares de organismos, os quais em virtude da
lenta multiplicação, são denominados bradizoítos. O cisto contendo os bradizoítos
é a forma latente, sendo a multiplicação mantida sob controle pela imunidade adquirida
do hospedeiro. Se essa imunidade decair, o cisto pode romper-se, liberando os bradizoítos
que se tornam ativos e recuperam as características invasivas dos taquizoítos
(URQUHART; et al., 1996; NEGRI et al., 2008).
5 Sinais
clínicos
São comuns sinais
inespecíficos de anorexia, depressão, febre intermitente, outros sinais são denominados
pelo local da lesão a partir da disseminação extra-intestinal, sendo que os órgãos
mais afetados são os pulmões, os olhos, o cérebro, o fígado e a musculatura esquelética
(BIRCHARD & SHERDING, 2003;
NEGRI et al., 2008).
Nos cães o aparecimento da doença é marcado por febre, com
lassidão, anorexia, diarréia, pneumonia e manifestações neurológicas, pode
ocorrer infecção junto com cinomose ou vacinação contra cinomose (URQUHART; et al., 1996).A enfermidade clínica é
rara no cão, as manifestações oculares são menos comuns que nos gatos, as
manifestações neurológicas podem ser hiperexcitabilidade, depressão, tremor,
paresia, paralisia e convulsões (ABREU, 2001; NEGRI et al.,
2008).
Nos animais jovens, particularmente nos cães, gatos e
leitões, os taquizoítos disseminamse sistematicamente e causam pneumonia
intersticial, miocardite, necrose hepática, meningoencefalite, coriorretinite,
linfadenopatia e miosite. Os sinais clínicos incluem febre, diarréia, tosse,
dispnéia, icterícia, episódios convulsivos e morte (DAVIDSON, 2000; SILVA et al., 2006). O T. gondii também
constitui importante causa de abortamentos e natimortos em ovinos e, algumas
vezes em suínos e caprinos (TSUTSUI et
al., 2003; SILVA et al., 2006).
Depois da infecção da ovelha prenhe, os taquizoítos difundem-se pela corrente
sanguínea para os cotilédones placentários, causando necrose. Os taquizoítos
também acometem o feto, causando necrose em muitos órgãos (DAVIDSON, 2000;
SILVA et al., 2006).
O
espectro clínico da infecção congênita varia de alterações aparentes ao
nascimento com morbimortalidade perinatal elevada (microcefalia, crescimento
intra-uterino retardado, hidrocefalia), a uma infecção subclínica com
possibilidade de risco para o desenvolvimento de coriorretinite e/ou
complicações tardias (CASTRO et al.,
2001; DUBEY et al., 2002b; SILVA
et al., 2006).
Quanto mais adiantada a gestação, maior a
probabilidade da infecção fetal, embora os riscos de fetopatias graves
sejam menores (LANGONI et al., 2001;
DUBEY et al., 2002b; SILVA et al., 2006).
Os
parasitos disseminam-se pelos vasos linfáticos e pelo sistema porta, com subsequente
invasão de vários órgãos e tecidos. Em infestações maciças, os taquizoítos em
multiplicação podem produzir áreas de necrose em órgãos vitais, como miocárdio,
pulmões, fígado e cérebro e, durante esta fase o hospedeiro pode tornar-se
febril e manifestar linfadenopatia (SILVA et al., 2006).
Conforme
evolução da doença, formam-se bradizoítos, sendo esta fase usualmente assintomática
(MAROBIN et al., 2004; SILVA et al., 2006). Considerando-se as outras formas de infecção no homem,
a eutanásia de gatos não soluciona o problema (DUBEY et al., 2004; DUBEY, 2005; SILVA et al., 2006).A comprovação da presença do parasito na carne de animais de abate é de
grande interesse em saúde pública, tendo-se em conta que estes alimentos
insuficientemente cozidos são uma das principais fontes de infecção do ser humano
(HILL et al., 2005; SILVA et al., 2006).
A
infecção no homem hígido e mulheres que não estejam grávidas não representa
grandes riscos de doença. Nesses grupos os sintomas são similares aos estados
gripais, sendo comum febre, dores de cabeça e musculares, que se curam espontaneamente
dentro de um curto espaço de tempo. Já o grupo de indivíduos imunossuprimidos,
tais como indivíduos HIV positivo ou indivíduos que possuam alguma doença
debilitante podem sofrer danos maiores tais como, cegueira e lesões cerebrais,
podendo às vezes, em casos extremos, evoluir para a morte (GARCIA et al., 1999; SILVA et al., 2006).
6 Diagnóstico
O diagnóstico da toxoplasmose deve ser baseado em uma
combinação de sinais clínicos, teste sorológico, demonstração histopatológica
do parasito nos tecidos, prova biológica e exame de fezes (NETTO et. al.; 2003, NEGRI et al. ; 2008).
A pesquisa direta do T. gondii pode ser feita a
partir de diversos componentes orgânicos como sangue, líquido
cefalorraquidiano, saliva, leite, escarro, medula óssea, cortes de placenta,
além de conteúdos de infiltrados cutâneos, do baço, fígado, músculos e
linfonodos. O material obtido pode ser utilizado para fazer diagnóstico por
inoculação em camundongo ou histopatológico. (MORENO et. al., 2007; NEVES, 2003;
FIALHO et al., 2009).
Para a realização do diagnóstico sorológico dois testes são
comumente utilizados: o teste do corante de Sabin-Feldman e o teste de
imunofluorescência indireta (IFI). Qualquer que seja o método usado se faz
importante o emprego de amostras colhidas com intervalo de duas semanas para
determinar a soroconversão, indicativo de infecção recente (HILL & DUBEY,
2002; SILVA et al., 2006). O teste de
imunoadsorção enzimática (ELISA), mais moderno, permite a detecção de resposta
de IgM compatível uma infecção ativa recente. Já que a resposta de IgG é
geralmente alta e pode persistir por vários dias, indica uma exposição
anterior, ou seja indicativo de casos crônicos. Nos casos fatais, a
histopatologia revela os taquizoítos e os cistos teciduais nos órgãos afetados
(McCANDLISH, 2001; SILVA et al., 2006). Exames de sangue poderão
mostrar T.gondii sob forma taquizóita em macrófagos. A secreção nasal e
ocular preparadas em esfregaço e coradas pelo Giemsa também poderão permitir o
diagnóstico. Biopsias de linfonodos infartados podem ser preparadas citológica
e histopatologicamente (HILL & DUBEY, 2002; SILVA et al., 2006).
Devido
aos felinos usualmente não desenvolverem anticorpos durante o período de
eliminação dos oocistos, o exame sorológico não nos concede uma informação útil
sobre a transmissibilidade da toxoplasmose nesta espécie. Um gato
sorolo-gicamente positivo (imune) apenas indica que ele provavelmente eliminou
oocistos e, então, oferece menos perigo na transmissão do que um gato negativo,
embora, gatos imunes possam vir, mesmo que raramente, a eliminar oocistos numa
nova infecção, sendo apropriado precauções ao lidar com fezes de felinos (DUBEY, 1987; FIALHO et al.,
2009).
7 Prognóstico
O
prognóstico para humanos é considerado desfavorável nos casos de rápida progressão
da doença, na presença de lesões multifocais do SNC, com hiperextensão dos membros
ou quando o início do tratamento é demorado (RUEHLMANN et al., 1997; SILVA et al.,
2006). Todavia, o prognóstico na toxoplasmose dos animais, excetuando-se o caso
de abortamento, é de reservado para bom, porque a resposta terapêutica é boa
(DAVIDSON, 2000; SILVA et al., 2006).
Embora se estime que aproximadamente 60% dos animais com
toxoplasmose se recuperam com o tratamento, o prognóstico é reservado, sendo a
mortalidade mais alta em neonatos e animais imunossuprimidos (BIRCHARD &
SHERDING, 2003; NEGRI et al. ; 2008).
8 Tratamento
O tratamento mais utilizado é a
associação de sulfadiazina com a pirimetamina, mas estão disponíveis outras
sulfonamidas (sulfamerazina, sulfametazina e sulfapirazina), além de clindamicina,
dapsona e atovaquona (NEVES, 2003, FIALHO et al., 2009).A pirimetamina com a
sulfadiazina foi descrita como eficaz contra taquizoítos, mas não contra
bradizoítos, porém é bastante tóxica em gatos (URQUHART; et al., 1996; NEGRI et al.
; 2008).
O esquema recomendado é a pirimetamina 2 mg/Kg/dia, via
oral, nos primeiros dois dias, seguido por 1 mg/Kg/dia, por dois ou seis meses,
e após, 1 mg/Kg/dia três vezes por semana; associada à sulfadiazina na dose de
100 mg/ Kg/dia, via oral, de 12/12 horas. Para proteger a medula do efeito
tóxico da pirimetamina, deve ser utilizado de 10 a 20 mg/dia do ácido folínico,
via oral, três vezes por semana. Corticosteróides na dose 1mg/ Kg/dia, via oral
de 12/12 horas, têm sido recomendado nos recém-nascidos com grave comprometimento
do Sistema Nervoso Central, quando a proteína do líquor for inferior a 1 g/dl
ou quando for diagnosticada coriorretinite (DINIZ & VAZ, 2003; FIALHO et al., 2009).
A clindamicina é o medicamento de escolha para cães e gatos
(ETTINGER & FELDMAN, 1997; NEGRI et
al., 2008). Em gatos, como terapia adjuvante contra uveíte, pode ser
administrado colírio de prednisona a 1% (BIRCHARD & SHERDING, 2003; NEGRI et al., 2008).
Uma combinação da droga pirimetamina com a sulfadiazina foi
descrita como eficaz contra taquizoítos, mas não contra bradizoítos, porém é
bastante tóxica em gatos (URQUHART; et
al., 1996; NEGRI et al., 2008).
9 Prevenção
Uma das formas de reduzir a infecção humana pelo T.
gondii é destruir os cistos da carne cozinhando- a, até uma temperatura de
67°C (DUBEY, MILLER N.L. & FRENKEL J.K. ,1970; FIALHO et al., 2009), ou 60°C por 20’, com garantia de que o calor
penetre igualmente no alimento (Neto & Marchi, 1999 ; FIALHO et al.,
2009). Foi observado que a utilização do sal, na preparação de lingüiça
suína mostrou se eficaz em 48 horas (NAVARRO et al.,1992; FIALHO
et al., 2009). Congelamento de 18 a 24h, pode ser
considerado um meio de destruição dos cistos. (PENNA et al.,2006; FIALHO
et al., 2009). Devemos lavar
bem as mãos e os utensílios, após mexermos em carne crua para não ingerir formas
infectantes, assim como lavá-las após contato com fezes de gato, ou após mexer
na terra que pode estar contaminada com oocistos. Nunca devemos beber leite não
pasteurizado (FIALHO et al., 2009). Também é
necessário cobrir o tanque de areia das crianças, quando não estiver em uso. A
caixa dos felinos deve ser limpa diariamente para evitar contato com oocistos
esporulados e o destino adequado a essas fezes é a incineração. Devemos alimentar
os gatos com ração e combater ratos e camundongos, além de fazer o controle da
população felina (NEVAES, 2003; FIALHO
et al., 2009).
As mulheres grávidas soronegativas para
T. gondii não devem manter contato direto com fezes de gatos, solo ou
ingerir carne mal passada. Devem beber água tratada e fazer sorologia antes da
gravidez e, pelo menos trimestralmente, durante a gestação (ANDRADE et al., 2004; FIALHO et al., 2009). A infecção aguda em
adultos pode acarretar alteração ganglionar, febre, um leve resfriado ou adenopatia
e hepatoesplenomegalia (COSTA et al.,
2007; FIALHO et al., 2009).
Para diminuir a infecção nos animais de
criação, principalmente nos ovinos, caprinos e suínos, o número de gatos nas
criações rurais deve ser reduzido (VITTODO et
al., 1990; FIALHO
et al., 2009).
As membranas fetais e fetos abortados devem ser removidos por pessoas usando
luvas e enterradas ou incinerados, para prevenir infecção em gatos e em outros
animais da criação (DUBEY et al., 1994;
FIALHO et al., 2009).
Deve-se fazer o controle de artrópodes
(moscas e baratas), já que eles podem ser disseminadores mecânicos de oocistos (FIALHO et al., 2009).
10 Considerações finais
A
toxoplasmose é uma zoonose, de incidência mundial, sendo de extrema importância
na saúde animal e humana.
O
gato tem papel fundamental no ciclo da T.gondii,
devido ao fato de ser o único hospedeiro definitivo onde o protozoário consegue
ter reprodução sexuada, produzindo oocistos.
Para
que se tenha o controle da doença é necessário a higiene correta das mão, alimentos,
e utensílios; não consumir carne crua ou
mau cozida; evitar que o gato casse outros animais como ratos e pássaros.
11 Referências bibliográficas
NEGRI, D. D.;
CIRILO, M. B.; SALVARANI, R. S. ;NEVES, M. F. Toxoplasmose em cães e gatos. Revista científica eletônica de medicina
veterinária – issn: 1679-7353 .ano vi – número 11 – julho de 2008 –
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SILVA F.W.S, ALVES
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FIALHO C.G.; TEIXEIRA M.C. ; ARAUJO F.A.B.Toxoplasmose animal no Brasil.
Acta Scientiae Veterinariae. 37(1): 1-23. REVIEW ARTICLE
Pub. 805 ISSN 1679-9216 (Online). Acta Scientiae Veterinariae. 37(1): 1-23, 2009.
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